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Como funciona o recurso de multa por recusa ao teste do bafômetro

No Brasil, dirigir sob a influência de álcool é uma infração grave, regulamentada pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Entre as medidas adotadas para coibir essa prática está o teste do bafômetro, que permite aos agentes de trânsito aferirem a concentração de álcool no organismo do condutor. Entretanto, muitos motoristas desconhecem que recusar a realização do teste gera penalidades específicas, incluindo multa e suspensão do direito de dirigir. Felizmente, a legislação também prevê a possibilidade de recorrer dessas penalidades, desde que o recurso seja fundamentado corretamente. Este texto detalha como funciona o recurso de multa por recusa ao teste do bafômetro, incluindo etapas, prazos, fundamentos legais e estratégias para aumentar as chances de êxito.

Entendendo a recusa ao teste do bafômetro

O teste do bafômetro é um instrumento legal que mede a concentração de álcool no sangue por meio do ar expelido pelos pulmões. Segundo o artigo 165-A do CTB, recusar-se a realizar o teste constitui infração gravíssima, sujeitando o condutor a multa no valor de R$ 2.934,70 (em 2025), suspensão do direito de dirigir por 12 meses e retenção do veículo até a apresentação de um condutor habilitado. Essa penalidade é diferente daquela aplicada quando o teste é realizado e o condutor apresenta resultado positivo: nesse caso, além da multa e da suspensão, há registro de ponto na CNH.

A recusa ao teste não pode ser feita de forma indiscriminada. O condutor tem o direito de solicitar a presença de um advogado, bem como garantir que a abordagem siga os procedimentos legais, incluindo a verificação da calibragem do equipamento, a clareza das instruções e a preservação de seus direitos. A legislação presume que a recusa indica ingestão de álcool, mas essa presunção pode ser questionada judicialmente por meio do recurso de multa.

Fundamentos para o recurso de multa

O recurso de multa por recusa ao bafômetro pode se basear em diferentes argumentos, sempre dentro da legalidade. Entre os principais fundamentos estão:

  1. Irregularidades no procedimento do teste: o condutor pode contestar a aplicação do teste caso haja falhas na abordagem, na explicação do procedimento ou na manutenção do equipamento. Por exemplo, se o aparelho não estiver devidamente calibrado ou se o policial não seguir os passos regulamentares, o recurso tem mais chances de ser aceito.
  2. Violação de direitos do condutor: a legislação garante ao motorista o direito de se manifestar e ser tratado de maneira adequada. Qualquer abuso, como intimidação, pressão para realizar o teste ou abordagem sem justificativa legal, pode ser usado como argumento no recurso.
  3. Falta de notificação adequada: a autuação precisa ser formalizada corretamente, com indicação clara da infração, data, hora e local. Se a notificação apresentar inconsistências, como erro na identificação do veículo ou do condutor, o recurso pode resultar em cancelamento da multa.
  4. Inexistência de recusa efetiva: em alguns casos, o condutor pode ter se recusado ao teste por desconhecimento ou por condições médicas que impediam a realização do exame, como problemas respiratórios. É necessário comprovar essas situações para que o recurso seja considerado.
  5. Testemunhas ou provas complementares: é possível incluir depoimentos ou registros que demonstrem que o condutor não estava sob efeito de álcool, como imagens de câmeras, laudos médicos ou relatos de passageiros. Esses elementos reforçam a argumentação.

Etapas do recurso de multa

O processo de recurso segue etapas definidas pelo Código de Trânsito e pelos órgãos de trânsito estaduais ou municipais, como o DETRAN ou as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações (JARI). As principais etapas incluem:

  1. Notificação da autuação: o condutor recebe a notificação de infração em casa ou eletronicamente. Este documento indica a infração, os dados do veículo e o prazo para apresentação da defesa ou recurso, geralmente de 30 dias.
  2. Defesa prévia: antes da penalidade ser aplicada, o motorista pode apresentar uma defesa prévia à JARI, explicando os motivos da recusa ou apontando irregularidades no procedimento. Esse passo é opcional, mas aumenta as chances de sucesso do recurso.
  3. Recurso à JARI: se a defesa prévia for indeferida ou não apresentada, o condutor pode recorrer formalmente à JARI, detalhando os fundamentos e apresentando provas. O recurso deve ser protocolado dentro do prazo indicado na notificação, normalmente 30 dias após o indeferimento da defesa.
  4. Análise do recurso: a JARI avalia os argumentos e decide se mantém, reduz ou cancela a penalidade. A decisão deve ser fundamentada e comunicada ao condutor.
  5. Recurso ao CETRAN: caso a decisão da JARI seja desfavorável, ainda é possível recorrer ao Conselho Estadual de Trânsito (CETRAN). Esta instância atua como revisão administrativa final e exige que todos os documentos e provas sejam apresentados de forma organizada.
  6. Esfera judicial: se mesmo após o CETRAN a multa for mantida, o condutor pode buscar a via judicial, contestando a autuação na Justiça Federal ou Estadual. Essa etapa exige assistência de advogado e pode levar mais tempo, mas oferece uma análise detalhada dos procedimentos adotados pelo órgão de trânsito.

Dicas para elaborar um recurso eficaz

Para aumentar as chances de sucesso ao recorrer de uma multa por recusa ao teste do bafômetro, é importante adotar algumas estratégias:

  • Organizar provas: inclua fotos, vídeos, laudos médicos ou qualquer documentação que comprove inconsistências no procedimento.
  • Apresentar argumentos claros e objetivos: explique detalhadamente o motivo da recusa e fundamente com base na legislação.
  • Observar prazos: o descumprimento dos prazos para defesa ou recurso pode resultar no indeferimento automático.
  • Consultar um advogado especializado em trânsito: profissionais da área podem identificar irregularidades e estruturar o recurso de maneira mais persuasiva.
  • Manter um tom formal e respeitoso: evite linguagem agressiva ou emocional; o foco deve ser na fundamentação legal.

Considerações importantes

É essencial entender que o recurso de multa não garante a anulação automática da penalidade. Cada caso é analisado individualmente, considerando provas, relatos e a legislação vigente. Além disso, mesmo com recurso em andamento, o condutor deve observar restrições relacionadas à suspensão da CNH e à possibilidade de dirigir legalmente.

Outro ponto relevante é que a legislação de trânsito brasileira vem se tornando mais rigorosa com relação ao consumo de álcool. A recusa ao bafômetro é interpretada como infração gravíssima, mas os órgãos de trânsito reconhecem situações excepcionais, como questões médicas ou falhas no equipamento. Por isso, reunir provas e fundamentar corretamente o recurso é essencial para obter resultado favorável.

Érica Avallone: empresa especializada em recusa ao teste do bafômetro

Érica Avallone é uma advogada especializada em direito de trânsito, com mais de 7 anos de experiência auxiliando motoristas e proprietários de veículos na elaboração de defesas técnicas, tanto administrativas quanto judiciais. Sua atuação abrange diversas áreas relacionadas ao trânsito, incluindo a cassação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), suspensão do direito de dirigir e recursos contra multas, como as decorrentes da Lei Seca.

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Especialista em direito de trânsito

Há mais 7 anos Erica Avallone trabalhando na elaboração de técnicas administrativas e judiciais em defesa dos motoritas.

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