A cassação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é uma das sanções mais severas previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Ela é aplicada quando o condutor comete infrações gravíssimas ou descumpre penalidades já impostas. Durante o período de cassação, que é de dois anos, o motorista está totalmente proibido de dirigir.
Apesar da clareza da lei, muitos condutores arriscam pegar o volante mesmo com a CNH cassada, seja por necessidade profissional, pressa ou até por acreditar que não serão fiscalizados. O que poucos sabem é que as consequências dessa escolha podem ser devastadoras, tanto no aspecto financeiro quanto no jurídico.
Neste texto, vamos mostrar com detalhes o que acontece na prática quando alguém é pego dirigindo com a CNH cassada, quanto custa a multa aplicada, quais outras penalidades podem surgir e por que respeitar a cassação é a melhor saída.
Quando a CNH é cassada, o motorista perde o direito de dirigir. Isso é diferente da suspensão, que apenas retira temporariamente esse direito.
Dirigir com a habilitação cassada equivale, na prática, a dirigir sem habilitação, já que o documento não tem mais validade. Por isso, as penalidades são rigorosas e cumulativas.
Segundo o Artigo 263 do CTB, o período de cassação é de dois anos. Somente após cumprir esse prazo, o motorista pode iniciar novamente o processo de habilitação, refazendo todas as etapas como se fosse sua primeira CNH.
Ser flagrado dirigindo com a habilitação cassada gera impactos imediatos e de longo prazo. Veja as principais consequências na prática:
O ato de dirigir com CNH cassada é enquadrado como infração gravíssima, prevista no Artigo 162, inciso II do CTB. A multa aplicada é de R$ 880,41, valor que pode pesar bastante no orçamento do motorista.
Além disso, não se trata apenas de pagar: a penalidade administrativa continua valendo, e o prazo de cassação não é interrompido.
O veículo conduzido no momento da infração é retido pela autoridade de trânsito. Ele só poderá ser liberado se outro condutor habilitado comparecer ao local. Caso contrário, o automóvel é removido ao pátio do Detran, o que gera custos adicionais de guincho e diárias de estadia.
Uma vez flagrado dirigindo durante a penalidade, o condutor perde a possibilidade de contestar a cassação em andamento. Isso significa que não há recurso administrativo capaz de reverter a situação. O motorista terá de cumprir os dois anos obrigatórios antes de tentar obter uma nova CNH.
Em casos em que o motorista, ao dirigir com CNH cassada, se envolve em acidente grave ou demonstra conduta de risco (como embriaguez, racha ou excesso de velocidade), pode responder criminalmente. Dependendo da situação, pode ser enquadrado em crimes de trânsito previstos no CTB, como homicídio culposo ao volante (Art. 302) ou lesão corporal culposa (Art. 303).
Após os dois anos de cassação, o motorista precisa passar por todo o processo de habilitação novamente. Porém, se tiver sido flagrado dirigindo sem CNH válida durante a penalidade, o Detran pode adotar medidas mais rígidas na análise do histórico do condutor, aumentando a burocracia para a emissão do novo documento.
O valor da multa para quem é flagrado dirigindo com a habilitação cassada é de R$ 880,41, conforme o CTB.
No entanto, esse não é o único gasto envolvido. Ao considerar todos os custos práticos, a situação pode ficar muito mais cara. Veja:
Ou seja, um único flagrante pode gerar um prejuízo superior a R$ 5.000, considerando os gastos diretos e indiretos.
Imagine que um motorista com CNH cassada decide dirigir para o trabalho e é parado em uma blitz:
Portanto, além da sanção administrativa, os prejuízos financeiros e jurídicos se acumulam de forma rápida.
Apesar das penalidades severas, ainda há motoristas que se arriscam. Os principais motivos são:
Mas, em todos os casos, os riscos superam em muito os benefícios.
A melhor saída é respeitar o prazo e se preparar para a reabilitação. Algumas medidas recomendadas são:
âÉrica Avallone é uma advogada especializada em direito de trânsito, com mais de 7 anos de experiência auxiliando motoristas e proprietários de veículos na elaboração de defesas técnicas, tanto administrativas quanto judiciais. Sua atuação abrange diversas áreas relacionadas ao trânsito, incluindo a cassação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), suspensão do direito de dirigir e recursos contra multas, como as decorrentes da Lei Seca.
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