A multa por embriaguez sem bafômetro é um dos pontos mais polêmicos da Lei Seca. Muitos motoristas acreditam que, ao recusar o teste do etilômetro, estariam livres da penalidade. Mas a realidade é bem diferente: o Código de Trânsito Brasileiro permite a autuação mesmo sem o sopro no aparelho, bastando que a autoridade constate sinais de alteração da capacidade psicomotora.
Esse tema levanta dúvidas práticas: como o agente comprova a embriaguez sem bafômetro? Quais as consequências legais? O que diferencia uma infração administrativa de um crime de trânsito? E, principalmente, como o motorista pode se defender em casos assim?
A Lei nº 11.705/2008, conhecida como Lei Seca, alterou de forma profunda a forma como o Brasil trata a questão do álcool ao volante. Antes dela, havia margens de tolerância; hoje, qualquer presença de álcool pode resultar em autuação.
O artigo 277 do CTB estabelece que a embriaguez pode ser comprovada por meio do bafômetro, de exames laboratoriais, de perícia ou até pela simples constatação dos agentes de trânsito. Ou seja, a multa por embriaguez sem bafômetro tem respaldo legal, já que a lei não condiciona a penalidade exclusivamente ao uso do etilômetro.
Essa previsão impede que motoristas escapem da autuação apenas recusando o teste. É uma forma de reforçar a efetividade da fiscalização.
A multa por embriaguez sem bafômetro é classificada como infração gravíssima com fator multiplicador de dez. Isso significa que o valor da penalidade é de R$ 2.934,70, além da suspensão do direito de dirigir por 12 meses.
Em caso de reincidência no período de 12 meses, o valor dobra e chega a R$ 5.869,40. Além disso, dependendo da situação, o motorista pode responder criminalmente, enfrentando pena de detenção de seis meses a três anos.
Portanto, o custo não é apenas financeiro: há impactos diretos na liberdade de dirigir e na vida pessoal e profissional do condutor.
O CTB e as resoluções do CONTRAN orientam como os agentes devem agir quando não há teste de etilômetro. Para justificar a multa por embriaguez sem bafômetro, é necessário preencher um formulário detalhado registrando sinais de alteração da capacidade psicomotora. Entre os principais:
Esses elementos são documentados no auto de infração e têm valor jurídico. Além disso, exames clínicos realizados em hospitais também podem reforçar a constatação.
A multa por embriaguez sem bafômetro pode gerar duas consequências distintas:
Essa distinção é fundamental para entender até onde vai a responsabilidade administrativa e onde começa a penalidade criminal.
A prática mostra que a multa por embriaguez sem bafômetro ocorre, sobretudo, em três cenários:
Em todos os casos, os registros dos agentes têm força para sustentar a penalidade.
A multa por embriaguez sem bafômetro tem repercussões sérias para qualquer condutor, mas o problema é ainda maior para motoristas profissionais. Para quem depende da CNH para trabalhar, como taxistas, caminhoneiros ou motoristas de aplicativo, a suspensão pode significar perda imediata de renda.
Empresas de transporte também sofrem impactos: manter motoristas penalizados pode trazer riscos jurídicos, financeiros e de imagem. Além disso, seguradoras podem se recusar a pagar indenizações em caso de acidente envolvendo condutores autuados.
Quem recebe uma multa por embriaguez sem bafômetro tem direito ao contraditório e à ampla defesa. O processo administrativo segue três etapas:
Argumentos comuns incluem ausência de registros suficientes, falhas no preenchimento do auto de infração ou ausência de testemunhas.
Esses pontos não garantem vitória, mas são recursos legítimos para buscar justiça.
Lidar com uma multa por embriaguez sem bafômetro exige conhecimento técnico. A advogada Érica Avallone, especialista em direito de trânsito, atua justamente nesse tipo de caso, ajudando motoristas a organizar defesas sólidas e recorrer em todas as instâncias. Ter apoio profissional pode aumentar consideravelmente as chances de sucesso no processo.
Evitar o problema é sempre mais barato e seguro. O valor da multa por embriaguez sem bafômetro é altíssimo, e as consequências podem comprometer toda a vida do motorista. Optar por transporte alternativo, táxi, aplicativos ou carona é sempre uma decisão mais responsável do que arriscar perder a CNH e enfrentar penalidades tão severas.
A multa por embriaguez sem bafômetro reforça que o bafômetro não é a única forma de comprovar a infração. Sinais clínicos observados pelos agentes já bastam para gerar autuação, multa e suspensão da CNH. Apesar da rigidez da lei, todo motorista tem direito à defesa, e buscar apoio especializado pode ser a chave para enfrentar o processo de maneira mais justa. A prevenção, no entanto, continua sendo o melhor caminho: não misturar álcool e direção é sempre a escolha mais segura.
Há mais 7 anos Erica Avallone trabalhando na elaboração de técnicas administrativas e judiciais em defesa dos motoritas.
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